Portanto seres pensantes questionam e muito! Como os nossos irmãos de Beréia. Seria isso apavorante? Não, nem um pouco. Penso...logo existo! Para Descartes pensar é sinal de existência, no evangelho de hoje, quem pensa não consegue subsistir. "Penso, logo existo" (Descartes) "Não pense, faça o que eu digo" (Alto Clero Evangélico)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Pense nisso!



Nossa fraude ética e moral depoem contra nossa herança espiritual. Não agimos como supostamente deveríamos agir. E, pior, estamos dando um golpe na praça: vendemos um evangelho falso e, quando proclamamos  o verdadeiro, nós mesmos não o vivemos.


A parte o comportamento desprezível dos telepastores, dos candidatos a telespastores, das seitas neopentecostais, dos políticos evangélicos que oram pela propina...


A parte todos estes que na primeira oportunidade de comparação sempre irão nos envergonhar, mesmo se formos alinhados aos políticos e a escória da bandidagem...

Pilantras que estão na TV vilipendiando o evangelho por dinheiro, com o nosso dinheiro. Safados que até aqui tem sido adulados por uma  liderança evangélica condescendente por conta de um misto de sectarismo, interesses políticos ou hipocrisia financiada... Ou não? 

A parte os telepastores que amealham o dinheiro de gente boa que acha que está financiando missões, mas na verdade contribuem para a montagem de uma polishop gospel, com direito a call center, logística e até shows de promoção. Cinco minutos de Jesus na TV para cada duas horas de business vitorioso. Quem ofertou fica seu sócio meerrmão?


A parte toda esta gente ruim... 
Se formos minimamente gratos pelo nosso resgate, então haveremos de semear o bem nesta terra... 
Somos comprados, remidos pelo sangue de Jesus. Fomos salvos imerecidamente e destinados à boa Obra
Se praticamos o cristianismo servindo a Deus e amando o outro. 
Se somos escolhidos para ser em tudo irretocáveis. Sal da terra. Filhos da misericórdia. Luz do mundo. Servos da abundante Graça...  

Porque será que o mundo não nos vê assim? 

Por que será que nem mesmo nós mesmos nos vemos assim? 
(A) Porque neste mundo seremos incompreendidos. 
(B) Porque neste mundo seremos arrogantes.
(C) Porque neste mundo seremos hipócritas.
(D) Porque o nosso orgulho de sermos os escolhidos não nos deixa ver o propósito da escolha. 
(E) Porque não estamos dispostos a pagar o preço de imitar a Cristo e não deixamos ninguém tentar, pois detemos os direitos exclusivos da marca DEUS. 

Nos dias de hoje já não se explica muito ou nada da Palavra. Nem mesmo um discipulado tipo “the flash”  Quando aparece alguém para explicar, a chave do entendimento é o interesse de “uma teologia”, não Cristo. A Bíblia é substituida por apostilas, sai a verdade no original e entra a mentira fotocopiada e encadernada com o selo comunidade.
Por consequência, nossos crentes, diante do mundo, são incapazes de apresentar-se como representantes de ética e valores superiores. São preconceituosos no seu sectarismo. 
Hipócritas no seu discurso. São tudo aquilo que Jesus viu nos religiosos do seu tempo e pior: Em podendo desfrutar da Graça de Cristo e conhecer as Suas melhores vontades para as nossas vidas, insistem em buscar nos modelos medíocres o seu ideal de ser. 

Nossos crentes vão a cultos antropocêntricos e aceitam um evangelho que diz que agora eles são os escolhidos pelo dono do ouro e da prata e a sua vida será melhor, pois eles são melhores do que todos. 
Nossos crentes acharam o santo graal da prosperidade e aceitam estas boas-novas e nela semeiam e não percebem, que assim fazendo, a sua alma é vendida ao diabo e paga com o seu próprio dinheiro. 
Nossos crentes entregam a sua vida a um Gizuz, segundo a letra da canção do Regis Danese, ou da Damares e depois ficam a espera de um próximo sucesso que lhes diga o que fazer com tanto "puder". 
Nossos crentes são “edificados” e tem suas vidas “restauradas” na regência de uma figura carismática e passam a segui-la em gratidão, absorvem doutrinas pífias e jamais conferem a Palavra, pelo amor ao seu líder e para não estarem em rebeldia.

Nossos crentes se preocupam mais com a perdição do mundo do que com a mudança do mundo. Esqueceram que é o Amor e a Palavra que mudam o mundo, pois mudam as pessoas e não uma bancada evangélica  beligerante (e dada a safadeza), marchas, cruzadas e causas a se combater ou defender.

Os cristãos viveram durante o primeiro século em uma das mais opressoras sociedades, onde ser cristão dava cana, dava morte. A pornografia grassava nos muros das cidades, os bacanais eram feitos com as portas abertas às vistas de crianças. O homossexualismo era mais aceitável do que o cristianismo e, veja a grandeza da operação do Espírito de Deus naquela geração.

Nossos crentes imitam, em tudo, seus líderes, na doutrina, nas roupas, no timbre de voz, no gestual e em tudo o mais, mas não conseguem imitar a Cristo em absolutamente nada.
Nossos crentes tem na cultura de sua denominação a sua regra de fé e conduta, mas apenas aos domingos, pois segunda-feira é dia de branco e é cada um por si e eu na frente pois não nasci para cauda. 
Nossos crentes esperam de Deus a fidelidade a seus planos pessoais e acham que crente que tem promessa não morre. Promessas de quem?
Será que aguentam ouvir que fiel ao homem é o cachorro. Deus é fiel aos Seus firmes santos e perfeitos propósitos?
E por não entenderem o sacrífico pago por suas vidas, seguem eles próprios fazendo pequenas expiações em rosas ungidas, carnês de contribuição e fogueiras santas. 

E por não entenderem a Palavra e Majestade de quem os comprou do cativeiro, seguem presos e cegos e respondendo aos sinistros da vida com mais uma seção de libertação, mais um ato profético de fé, vivendo na dependência do encorajamento de mais um auto-louvor e da idoneidade moral de seu macumbeiro gospel favorito.
Nossos crentes fazem de tudo, menos entender a Palavra. Como podem vive-la? 
Pastores simulando milagres, emoções, vendendo promessas que Deus nunca fez. Organizações criminosas disfarçadas de igrejas, ameaças de morte, batalhas sangrentas. E vejo “crentes” comuns que não tem qualquer ética, empresários cristãos que não pagam as suas contas e por ai vai. 

Claro que vejo o bom. Me relaciono, brigo junto.

Os pastores bons e honrados são a esmagadora maioria.
Então, até quando vamos permitir que a condescendência da maioria  permita que a maldade da exceção faça  a  regra que já NÃO nos diz: mais generosos, sábios, amigos, misericordiosos, humildes, prestimosos, honestos... 
Esta menção histórica que ouvi ajuda a explicar meu sentimento atual: 
Consta que Alexandre, o Grande. O monarca grego que conquistou praticamente todo o mundo conhecido na antiguidade, o maior soldado que o mundo já conheceu, fundador de cidades  e muito mais... 
Pois bem, em um final de dia, no descanso de uma batalha sangrenta, seus generais levavam questões importantes para a sua decisão. Uma destas questões dizia respeito a um rapaz que havia desertado da batalha.
Como todos sabem, até hoje, em tempos de guerra, muitos exércitos aplicam uma única pena para esta ofensa: morte. Entretanto, por razões que veremos a seguir, a causa é levada ao Grande Alexandre, que pergunta ao rapaz:
- É verdade o que dizem ao seu respeito... Fugiste da batalha? 
 - Sim meu senhor. Foi a minha primeira batalha e nunca vi tanto horror. Tive medo. 
Alexandre se compadeceu ao ver o rosto quase infantil do rapaz e reconhecendo o horror da batalha daquele dia disse: 
- Foi mesmo uma grande peleja. Vou lhe perdoar esta única vez. 
O rapaz se alivia e cai de joelhos diante do monarca. 
- Soldado, qual é o seu nome? 
- Em me chamo Alexandre, general. 
Alexandre leva um susto. Olha para o garoto de cima a baixo e decreta: 
- Ou você se faz um bravo, ou troca de nome
Cristão é o nome que se dá a quem serve ao Rei dos Reis.  É aquele que regenerado, recebe as boas-novas, entrega sua vida ao serviço do Senhor e  busca a santidade e o auxílio ao próximo.   Cristão é o nome que se dá a quem imita a Cristo.

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