Portanto seres pensantes questionam e muito! Como os nossos irmãos de Beréia. Seria isso apavorante? Não, nem um pouco. Penso...logo existo! Para Descartes pensar é sinal de existência, no evangelho de hoje, quem pensa não consegue subsistir. "Penso, logo existo" (Descartes) "Não pense, faça o que eu digo" (Alto Clero Evangélico)

sábado, 24 de julho de 2010

Dê-me a verdade

Se você for meu amigo, e estiver preocupado com minha alma, dê-me a verdade. Não me lisonjeie. Não elogie minhas virtudes enquanto fica calado quanto as minhas falhas. Não tema que a verdade vá me ofender. Não ponha nossa amizade e nossas relações amistosas acima de minha salvação. Não pense que ignorando meus pecados você possa me ajudar. Não pense que ficando cego para meus pecados, você me dará provas de ser caridoso. Não importa como vou reagir a isso, qualquer que possa ser minha atitude para com você; dê-me a verdade. Pois a verdade, e somente a verdade, pode libertar-me dos grilhões do pecado, fortalecer-me no caminho da justiça e levar-me às alegrias do céu. Se eu estiver hesitante, fraco, desinteressado, indiferente, negligente; se eu tiver sido puxado para os prazeres deste mundo; se eu tiver deixado o meu primeiro amor; se eu tiver sido desencaminhado pelo erro; ou se eu não tiver feito nada disso, mas simplesmente precisar crescer em conhecimento e ser edificado; dê-me a verdade.

Argila nas mãos do Oleiro



Jó disse a Deus, "As tuas mãos me plasmaram ... Lembra-te de que me formaste como em barro" (Jó 10:8,9). O que Jó disse, todos nós podemos dizer. Como criador de nossos corpos (Salmo 139:13-16) e "Pai espiritual" (Hebreus 12:9), ele predestinou aqueles a quem de antemão conheceu "para serem conformes à imagem de seu Filho" (Romanos 8:29). Paulo expressou confiança quanto aos filipenses: "... aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1:6).  
Podemos resistir a Deus
Deus limitou seu próprio poder para cumprir seu propósito em nós, dando-nos livre arbítrio. O salmista disse de Israel: "Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto e na solidão o provocaram! Tornaram a tentar a Deus, agravaram o Santo de Israel" (Salmo 78:40-41). Por causa da teimosa rebelião dos israelitas, Deus não pôde fazer por eles o que tinha desejado.
Isaías repreendeu Israel: "Que perversidade a vossa! Como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: Ele não me fez; e a cousa feita dissesse do seu oleiro: Ele nada sabe" (Isaías 29:16). É inimaginável que os vasos tivessem tal procedimento para com seu criador. Contudo, os humanos exprimem estas atitudes para com Deus.
Um jornal da cidade onde moro estampou um artigo sobre a autora de um livro recente. Ela aparentemente começou como crente em um Deus verdadeiro, mas como adotou uma filosofia feminista radical ela obviamente decidiu que o Deus verdadeiro que a fez "nada sabe". Evidentemente, ela então chegou a negar que ele a tinha feito, pois seu livro descreve "sua busca para encontrar um deus -- ou deusa -- com o qual ela se sinta à vontade". Em outras palavras, ela acha que Deus é argila que ela pode moldar em qualquer coisa que ela queira que "ele, ou ela" seja. Freqüentemente, as pessoas envolvidas com homossexualismo, casamentos contra as Escrituras e outros pecados, criam seu próprio deus imaginário que tolerará seu estilo de vida escolhido.
Podemos reconhecer Deus
"Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos" (Isaías 64:8). Deus "é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós" (Efésios 3:20). Ele tem a visão mais clara do que deveríamos ser, e a sabedoria e poder para nos formar nessa imagem. Mas temos que permitir que tal poder aja em nós.
O poder de Deus opera através de sua palavra, através da amizade dos santos e através da oração (2 Coríntios 3:18; Hebreus 10:25; 4:16). Para nos beneficiarmos, temos que perseverar "na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (Atos 2:42).
O poder de Deus para nos moldar é também cumprido através da perseguição e da provação. Estas podem vir de Satanás, mas Deus pode usá-las "para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade" (Hebreus 12:10). Além do mais, a bela cerâmica tem que ser girada e moldada, marcada e alisada e até queimada no forno a altas temperaturas para torná-la o vaso valioso que assim se torna.

Deus pode refazer-nos
Um dos maiores impedimentos para o cumprimento do propósito de Deus em nossa geração é a cada vez mais universal idéia de que "temos o direito de fazer o que nos agrada, e não é da conta de ninguém". Aquele que tem esta atitude para com as pessoas inevitavelmente terá a mesma para com Deus. De fato, não temos nós tratado Deus deste modo algumas vezes?
Quando eu era jovem, pensei que eu tinha um quadro bem claro do que Deus queria fazer comigo. Agora que sou mais velho, percebo quanto estou longe disso, e é tudo culpa minha. Deus não foi capaz de fazer de mim o que eu poderia ter sido porque resisti ao seu poder e permiti que outras influências me moldassem em algo muito menos útil e valioso. Mas ainda há esperança.
"Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a palavra do SENHOR: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?" (Jeremias 18:3-6). Deus pode fazer o mesmo conosco, como indivíduos.
Saulo de Tarso era um vaso estragado enquanto resistia ao poder da palavra de Deus e "dava coices contra o aguilhão," mas quando ele perguntou, trêmulo, "Senhor, o que queres que eu faça?" Deus o transformou num vaso de honra. Não importa quanto possa estar estragada nossa própria vida, ou por quanto tempo tem estado nesta malformação,  se quisermos dizer como o poema de Adelaid Pollard:
Seja do teu próprio modo, SENHOR, seja do teu próprio modo!
Tu és o Oleiro, eu sou a argila.
Molda-me e faze-me conforme a tua vontade,
Enquanto estou esperando, submissa e serena.

Três homens rebelam-se contra a hipocrisia



A nossa hipocrisia não engana a Deus.
Lucas 16:15
“E ele lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.”
A hipocrisia tem motivos duvidosos.
Mateus 6:2
“Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.”
Hipocrisia é conhecer a verdade mas não obedecer – dizer que Cristo é o Senhor mas não segui-Lo.
Mateus 23:13
“Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar.”
OBS: Algumas práticas, costumes e doutrinas das igrejas (TODAS ELAS) são pura hipocrisia.

 Três homens rebelam-se contra a hipocrisia, mas diferem grandemente em suas reações. 

O primeiro homem
se volta para o total abandono moral. Ele se livra de todas as rédeas quando se entrega ao cumprimento de todo desejo carnal. Faz de "si mesmo" o seu deus. Ele se endurece à vista das lágrimas de sua família quando parte para fazer o que quer. Sua "justificativa" para sua conduta vergonhosa: "Pelo menos não sou hipócrita!"

O segundo homem vai a um extremo oposto. Ele está cheio das fraquezas e hipocrisia que vê em todas as igrejas, e não quer ser como tais pessoas. Ele se tornará um cristão e desde o começo "ele vai vivê-lo". Ele será um exemplo do que um cristão realmente deveria ser. Para ele, a cura para a hipocrisia é a perfeição.

O terceiro homem quer evitar a hipocrisia em sua vida, mas ao mesmo tempo, tem um profundo senso de sua própria imperfeição. Por isso ele não se dá ares de infalibilidade, mas parte para ser genuíno. Sua autenticidade logo se torna visível para os outros. Ele não declara sua perfeição, mas luta pela perfeição. Quando adora a Deus, ele não se declara ser perfeito como adorador, mas quando os cânticos começam, ele dá o seu coração ao que está fazendo; quando a oração é dirigida, ele ouve e faz dela a sua oração; durante a ceia ele medita no sofrimento de seu Senhor; e através de todo o sermão ele participa do estudo da palavra de Deus; se seu pensamento se dispersa, ele o traz de volta; e quando o período de adoração termina ele pede a Deus para perdoá-lo por seu fracasso e para aceitar sua adoração apesar de sua imperfeição.

Quando vai para o seu trabalho, ele não declara sua perfeição entre seus companheiros de trabalho, mas eles sabem que ele tentará dar oito horas de trabalho por oito horas de pagamento; que ele é confiável; que ele é puro no falar e no viver; e que se ele cair em tentação pelas pressões à sua volta para pecar, ele humildemente pedirá desculpas às pessoas ofendidas.
Ele é o mesmo no lar. Sua família respeita-o porque ele é genuíno e não declara ter força e bondade além da realidade. Sua família vê suas faltas, mas uma qualidade que lhe permite manter o respeito deles é sua capacidade de dizer, "Desculpe". Em todas as áreas de sua vida ele anda humildemente diante de Deus e de seus companheiros.

Nosso terceiro homem encontrou a verdadeira cura para a hipocrisia.

O primeiro homem
, se não se arrepender, um dia será um mísero infeliz, sua vida completamente destruída. O segundo homem está a caminho da desilusão. Suas metas são irreais; sua perspectiva é totalmente errada. Mas o homem que "anda humildemente com seu Deus" e é totalmente livre de malícia é verdadeiramente um homem abençoado. Ele é na vida e na atitude o que Deus deseja que ele seja, e vive na esperança do céu.

"Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3).
Pense nisso!Estabeleça um reino inabalável!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Aprendendo a Surfar no Vento do Espírito!



Você já parou para pensar que a época de maior glória da igreja foi quando não havia controle humano algum sobre sua vida diária? Não havia burocracia, sede de governo nem oficiais com títulos ou posição hierárquica. A vida da igreja era imprevisível, cheia de aventura, espontaneidade e novidade. Cada reunião era um evento único; cada encontro pessoal, uma surpresa.

Os líderes principais, além de não controlarem ou dirigirem a vida da igreja, nem sequer sabiam, muitas vezes, onde eles mesmos estariam no dia ou na semana seguinte! Pense, por exemplo, em Pedro perambulando pela terra de Israel (At 9.32) sem a menor preocupação de pensar sobre como a igreja de Jerusalém sobreviveria sem a sua presença. Ou imagine como Filipe saiu de um avivamento que sacudia a cidade de Samaria, foi ao deserto pregar para um eunuco e, depois, “achou-se em Azoto” (At 8.40) – lembrando que fora ungido como diácono para servir as viúvas de Jerusalém (At 6.5)!

Toda vez que lemos os relatos inspirados de Atos, sentimos o frescor e o dinamismo de um povo cheio de vida e paixão por Jesus. Ficamos mesmerizados diante de uma história que, apesar de aparentemente anárquica, sem plano ou governo humanos, acaba seguindo um roteiro preciso, divino, guiado pelas mãos habilidosas do próprio Espírito Santo.

Como Filipe conseguiu encontrar um eunuco no deserto justamente quando ele estava lendo Isaías 53? Como Cornélio teria achado Pedro na casa de Simão, o curtidor, se não fossem as informações fornecidas por um anjo? Como Ananias teria encontrado Saulo se não tivesse acesso aos mesmos métodos? (Naquele tempo, ninguém precisava de GPS ou Google Maps!)

Como, apesar de monstruosas oposições, perseguições e desentendimentos, Paulo conseguiu construir uma ponte entre o Velho e o Novo Testamento, entre a lei e a graça, entre judeus e gentios, que dura até hoje? Como João pôde obter uma visão como a do Apocalipse que, apesar de tão surreal e fantasmagórica, leva ao seu devido cumprimento cada semente lançada no livro de Gênesis - e isso sem ter a menor noção de que estava escrevendo o último livro da Bíblia?

Guiados pelo Espírito como no princípio

Ultimamente, sinto em meu espírito que estamos adentrando uma nova etapa da história da igreja. A Bíblia fala claramente que Jesus voltará para uma igreja gloriosa; porém, para que isso seja possível, ela vai ter de voltar às suas origens – ou seja, terá de tornar a ser controlada e governada, de forma ostensiva, pelo Espírito Santo. Graças a Deus por todas as formas de governo e estrutura humana que ele permitiu graciosamente para preservar a verdade do Evangelho durante séculos de escuridão. Mas, agora, quando estamos no limiar de um “admirável 

mundo novo” (ou, talvez, “um terrível mundo novo”) de tecnologia e invenções que levarão a humanidade a um destino que ninguém consegue prever, precisaremos de uma direção mais capaz, mais onisciente, mais sábia.

A grande pergunta é: estamos dispostos a abrir mão de nossas agendas, projetos, opiniões, planos, sistemas de segurança e zonas de conforto? Será que podemos confiar na capacidade do Espírito Santo de dirigir a igreja e a nossa atuação nela? Em que momento abriremos mão do controle da aeronave e permitiremos que o Espírito Santo assuma a direção? Será que já estamos suficientemente cansados do nosso estilo de governo e dos pífios resultados de tantos esforços despendidos na obra do Senhor? No final das contas, como podemos ser dirigidos pelo Espírito?

Acho que nenhuma mensagem escrita tenha mudado tanto minha vida quanto o pequeno livreto Espaço para Deus, escrito por Henri Nouwen. Tenho lido, relido, estudado, sublinhado, pregado e ensinado sua mensagem incontáveis vezes, e nunca me canso de voltar a lê-la. O tema central é como criar um espaço em nossa vida corrida neste mundo moderno para ouvir melhor a voz de Deus. Acho que não existe hoje prioridade maior para todos os cristãos do que essa.

Dez anos atrás, fui impactado fortemente pelo livro Experiências com Deus de Henry T. Blackaby e Claude V. King. Chegamos a publicar um artigo extraído desse livro na última edição do primeiro ano de publicação da Revista Impacto. A frase que contém a verdade explosiva desse livro é a seguinte: “Observe onde Deus está agindo e junte-se a ele!”.

A grande promessa para todos que nascem de novo como filhos de Deus é que seremos guiados pelo Espírito de Deus (Rm 8.14). Se recebermos a seiva da videira, teremos o mesmo tipo de vida que ela tem. A videira é Jesus, e ele vivia constantemente orientado e alimentado pelo Pai. Portanto, a salvação nos traz muito mais do que a promessa de vida eterna depois da morte. Traz-nos uma vida controlada, nutrida e dirigida pelo Espírito hoje!

À medida que colocarmos nossa vida no altar, abrirmos mão de nossas agendas e planos e dispormo-nos a ouvir a voz mansa e suave de Deus, começaremos a ver como a direção do Espírito é prática. Funciona! Mas exige muito mais dependência de Deus e confiança nele do que temos costume de praticar, e isso nos assusta. Porém, ao mesmo tempo, estimula e revigora porque a vida deixa de ser previsível e passa a ser surpreendente e excitante.

Qual é a origem de suas ações?


Para experimentar esse novo estilo de vida, logo descobriremos que os momentos passados em oração são muito mais produtivos do que tempo gasto em planejamento extenuante e meticuloso. Muitas vezes, a oração parecerá seca, fria e improdutiva, mas, se perseverarmos, encontraremos instantes de grande lucidez, e dicas fundamentais vindas do trono nos trarão orientação preciosa e imprescindível.

Muito mais importante do que nossas ações é quem ou o que nos leva a realizá-las. Pedro e os outros discípulos lançaram redes, a noite inteira, sem pegar nada. Bastou Jesus dar ordens para lançar a rede que os barquinhos transbordaram de peixes. Quantos cegos poderiam lavar-se no tanque de Siloé e continuar cegos do mesmo jeito? Certamente, a água de lá não tinha nenhuma propriedade miraculosa. Mas quando Jesus mandou o cego lavar os olhos ali e tirar o barro que ele colocara sobre os olhos, ele voltou vendo (Jo 9.7-11)! Não se tem notícia de que nenhum outro leproso além de Naamã, o sírio, tenha sido curado ao banhar-se sete vezes no Rio Jordão, mas, quando ele agiu em obediência à ordem de Eliseu, foi completamente curado!

Poderíamos continuar essa lista infinitamente, mas, com certeza, não é necessário. Será que o motivo de tanta esterilidade em nosso ministério não é a falta dessas ordens divinas na origem de nossas atividades? Ao mesmo tempo, quantas vezes temos ouvido ou sentido pequenos impulsos ou desejos vindos do Espírito e deixado de obedecê-los por pensarmos serem bobagens insignificantes?

Jesus está voltando!

Creio que a glória desta última casa será muito maior do que a da primeira! Que a igreja gloriosa que receberá Jesus será muito mais formosa e linda do que a igreja descrita em Atos! Creio também que estamos começando a sentir a atração misteriosa e maravilhosa do próprio Senhor ressurreto que está preparando-se para voltar. Como um grande ímã eletromagnético vindo dos espaços siderais, ele está aproximando-se da Terra a uma velocidade estonteante, e todos os que são de ferro (da mesma natureza que ele, com o mesmo Espírito dele – crente de plástico não vai sentir nada!) sentirão essa forte atração, aumentando cada vez mais à medida que ele se aproxima.

Creio que começaremos a ver pessoas ligando-se umas às outras em alianças estratégicas que trarão muito fruto para o plano de Deus na Terra. Não serão alianças por motivos naturais, mas simplesmente porque o Espírito assim quer que aconteça. Creio que veremos sinais e maravilhas começando a pipocar no meio do povo de Deus de maneira anônima, com toda simplicidade e humildade, deixando toda a glória com Deus. Creio que a soma dos milhares e milhões de pequenos atos de obediência à voz do Espírito Santo, praticados ao redor do mundo por todos os nascidos pelo Espírito, começará a produzir um cataclismo de efeitos desproporcionais, incomodando os poderes religiosos e políticos deste mundo tenebroso. Creio que, quando o inimigo levantar-se, furioso, para tentar cortar a cabeça e a liderança dessa igreja, ele ficará totalmente confuso e aturdido por não achar qualquer liderança humana. Será uma praga gloriosa, irradiando e propagando-se sobre toda a face da Terra, incontrolável, invencível.

O amor de Deus cobrirá a Terra como as águas cobrem o mar. Amém! Que assim seja! Ora, vem, Senhor Jesus!

por Harold Walker

sábado, 17 de julho de 2010

"Os Altos Não Foram Tirados"


Durante 350 anos depois da morte de Salomão, o povo de Judá batalhou contra a idolatria. Ou seja, a guerra continuou durante todo esse tempo. Alguns reis lutaram contra as abominações de falsos deuses, enquanto outros cederam campo e até apoiaram o inimigo espiritual. A história, relatada nos livros de 1 e 2 Reis e 2 Crônicas, mostra que o povo vacilava entre Deus e os ídolos. Alguns reis se dedicaram totalmente ao pecado e às falsas religiões, e outros voltaram ao Senhor, fazendo grandes reformas para tirar a idolatria da terra.
Neste estudo, vamos examinar a história dessas batalhas contra as falsas religiões para entender melhor como servir ao Senhor, hoje em dia. Especialmente, observaremos o significado dos "altos" nesta história.
Coisas que Deus não autorizou
Na lei de Moisés, que governou os israelitas durante 1.500 anos, Deus claramente proibiu todos os tipos de idolatria. Mais ainda, ele especificou as formas de louvor que o povo ofereceria, e definiu quais pessoas teriam funções especiais no louvor coletivo. Afinal, ele até disse que teria um lugar específico para oferecer sacrifícios ao Senhor. Entre as coisas proibidas foram:
Adoração de outros deuses (Êxodo 20:3).
Utilização de imagens para representar objetos de louvor (Êxodo 20:3-4).
Imagens e colunas (Levítico 26:1).
Postes-ídolos, colunas, e árvores junto ao altar do Senhor (Deuteronômio 16:21-22).
Sacrifícios em lugares não autorizados por Deus (Deuteronômio 16:2,5-6,11,15,16).
Para entender melhor esta questão de um lugar escolhido, examinemos Deuteronômio 12:1-14. O livro de Deuteronômio contém os últimos discursos de Moisés. No fim do livro, ele morre e o povo se prepara para entrar na terra prometida. A primeira tarefa do povo, sob a liderança de Josué, seria a expulsão dos povos pagãos que ocupavam a terra. Israel teria que destruir totalmente os ídolos e os lugares usados por esses povos nas suas abominações. Ao invés de praticarem os mesmos tipos de louvor desagradável, os israelitas buscariam a Deus num lugar especial escolhido por ele. No deserto, eles adoravam a Deus como eles achavam melhor. Depois de entrar na terra, levariam todos os holocaustos para esse lugar designado pelo Senhor. Deus proibiu que fizessem holocaustos em qualquer outro lugar.
As práticas proibidas se tornaram comuns em Judá
Durante alguns períodos da história de Judá, a lei foi esquecida. Algumas pessoas desobedeceram os mandamentos de Deus, e os líderes não as corrigiram. Às vezes, os próprios reis conduziram o povo à idolatria, incentivando a desobediência da vontade do Senhor. Como exemplo de tal rebeldia, vamos ver o que aconteceu durante o reinado de Roboão, filho de Salomão. Quando o pai de Roboão morreu, Deus dividiu o reino em duas partes. A maior parte, as tribos do Norte, foi governada inicialmente por Jeroboão, filho de Nebate. Roboão, o descendente legítimo da linhagem de Davi, ficou com apenas a região conhecida como Judá. Durante o reinado dele, o povo se envolveu em várias práticas condenadas: "Porque também os de Judá edificaram altos, estátuas, colunas e postes-ídolos no alto de todos os elevados outeiros e debaixo de todas as árvores verdes. Havia também na terra prostitutos-cultuais; fizeram segundo todas as coisas abomináveis das nações que o Senhor expulsara de diante dos filhos de Israel" (1 Reis 14:23-24).
Reformas parciais
Alguns dos reis que seguiram Roboão participaram dos mesmos – ou piores – erros. Mas, entre os reis de Judá surgiram alguns homens bons que fizeram importantes reformas religiosas. Vários deles tiraram os ídolos, ajudando o povo a voltar ao Senhor. Vamos ver alguns exemplos dessas reformas. Asa tirou os ídolos da terra, mas não tirou os altos (1 Reis 15:11-14). Josafá imitou o exemplo de Asa, seu pai, até tirando alguns ídolos que Asa não removera. Mas, ele ainda não tirou os altos (1 Reis 22:43-47). Joás, um jovem rei guiado pelo sacerdote Joiada, fez bem, mas ainda não tirou os altos (2 Reis 12:1-3). Amazias também fez "o que era reto perante o Senhor", mas os altos não foram tirados (2 Reis 14:3-4). Azarias obedeceu a Deus em muitos sentidos, mas não tirou os altos (2 Reis 15:3-4). Jotão seguiu o bom exemplo do seu pai, Azarias (Uzias), "Tão-somente os altos não se tiraram; o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos" (2 Reis 15:34-35). Esses reis são lembrados por boas coisas que fizeram, mas todos têm uma mancha preta na sua reputação. Eles não tiraram os altos.
Dois reis que fizeram melhor
Ezequias reinou sobre Judá na época do profeta Isaías. Este bom rei mostrou coragem e fé inéditas na liderança do povo de Judá. Diferente de seus predecessores, Ezequias aboliu a idolatria e também tirou os altos (2 Reis 18:1-6). Por causa da dedicação que ele mostrou no seu serviço a Deus, Ezequias é lembrado como um dos grandes reis de Judá. Infelizmente, nem todos têm a fé de Ezequias. O filho dele, Manassés, fez ao contrário. Ele introduziu, de novo, toda forma de religião falsa (veja 2 Reis 21:1-18). O neto de Manassés mostrou o mesmo zelo de Ezequias. O bom rei Josias aboliu a idolatria e destruiu os altos– até na Samaria (2 Reis 23:8,13,15,19,24,25).
O que podemos aprender?
Podemos perceber que Deus tolerava alguns pecados em algumas épocas, mas nunca os aceitou. Deus não tirou os ídolos e os altos, mas nunca deu sua aprovação de tais práticas. A história de vários reis foi manchada pelos altos que não removeram. Nisso há algumas lições fortes para nós. Devemos buscar a vontade de Deus e voltar a fazer a vontade dele em tudo. Não temos direito de manter nem defender doutrinas, práticas e tradições que não vêm da palavra do Senhor.
Alguém pode objetar, dizendo que vivemos hoje no tempo da graça, e não no Velho Testamento. Concordo plenamente que a lei foi ultrapassada pela fé (Gálatas 3). Mas esse fato não justifica desrespeito para com a vontade de Deus. "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum!" (Romanos 6:1-2). A graça da Nova Aliança não permite pecado. Ao contrário, Deus é mais exigente hoje do que no passado! Deus tolerava algumas coisas nos "...tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam" (Atos 17:30). Ele castigava os desobedientes que receberam o Velho Testamento através de anjos, e exige mais de nós, porque recebemos a Nova Aliança por intermédio do próprio Filho (Hebreus 2:1-3). Uma vez que ele nos deu uma revelação completa e perfeita, o castigo por desobediência é mais severo (Hebreus 10:26-31).
Nunca devemos agir sem autorização do Senhor Jesus, que recebeu toda a autoridade (Colossenses 3:17; Mateus 28:18). É erro gravíssimo ultrapassar a palavra que recebemos nas Escrituras (1 Coríntios 4:6). Quem ultrapassa a doutrina de Cristo perde a comunhão com Deus (2 João 9).
Será que nós não tiramos os altos?
Ecomum imitar o exemplo dos vários reis que fizeram reformas, mas não tiraram os altos. Talvez isso esteja acontecendo em nossas vidas hoje. Considere algumas aplicações, e você poderá pensar em ainda outras.
Pelo estudo da palavra de Deus, uma pessoa entende que Deus não aceita nenhum tipo de idolatria, nem reverência de imagens. Ela abandona tais costumes, mas ainda segue outros costumes que vem da Antiga Lei. Assim, ela vê o dízimo como obrigação, ou guarda o sábado, ou usa instrumentos musicais no louvor ao Senhor. Todas essas coisas faziam parte da Velha Aliança, mas não se encontram na Nova. Quem volta a guardar
parte da Lei é obrigado a guardar tudo. Pior ainda, está rejeitando a graça de Jesus (Gálatas 5:1-4). Se você já tirou os ídolos mas ainda não removeu os "altos" das práticas do Velho Testamento, continue as suas reformas para fazer tudo que Deus pede.
Uma outra pessoa, examinando as Escrituras, compreende que deve rejeitar doutrinas humanas que não se encontram na Bíblia. Mas, continua participando de uma igreja que usa mulheres em papéis de liderança (veja 1 Timóteo 2:9-12 e 1 Coríntios 14:33-35) ou que tem pastores não-qualificados (veja os requisitos dados por Deus em 1 Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9). Se você já rejeitou algumas coisas erradas, continue estudando a palavra para se livrar dos "altos" da religião atual.
Depois de examinar as Escrituras, alguém conclui, corretamente, que a salvação vem pela graça mediante a fé (Efésios 2:8). Mas, ainda não examinou cuidadosamente as outras coisas que a Bíblia ensina sobre a salvação, e não tem feito o que Deus pede em relação ao arrependimento e batismo (Atos 2:38; Lucas 13:3; Atos 22:16; etc.) Ele acha que está em Cristo, mas ainda não fez o que Jesus mandou para entrar nele (Marcos 16:16; Mateus 28:18-20; Gálatas 3:27). Se você já decidiu seguir a Jesus, não pare no meio do caminho. Faça tudo que ele pede a você.
Conclusão
Tenhamos coragem para imitar os bons exemplos de Ezequias e Josias, totalmente abandonando tudo que não vem da vontade do nosso Senhor. Assim mostraremos nosso amor para com Jesus, e teremos confiança de estar eternamente na presença de Deus (João 14:15,23). Que Deus nos abençoe neste trabalho importante e necessário de tirar os altos de costumes não autorizados.

Purificação do Templo


Duas vezes em três anos, Jesus expulsou do templo os vendedores e os cambistas (João 2:13-16; Mateus 21:12-13). Sua explicação foi simples: "Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores."
Quarenta anos mais tarde, o templo foi destruído. O edifício físico que representava a presença de Deus na terra jamais foi reconstruído, e não teria mais valor para as gerações futuras. O próprio Jesus tinha predito uma mudança no centro da adoração para os servos de Deus. Eles não mais adorariam num monte em Jerusalém, mas nos seus próprios corações (João 4:19-24).
No Novo Testamento, o templo ou tabernáculo representa: Œ o corpo de cada cristão (1 Coríntios 6:19-20; 2 Coríntios 5:1-4) e � a igreja, o coletivo do povo de Deus (1 Coríntios 3:16-17). Estes fatos desafiam-nos a ponderar uma questão importante: o que Jesus faria se tivesse que visitar nossos templos hoje em dia? Ele acharia necessário purificar nossos templos como fez em Jerusalém? Considere as aplicações disso.
Jesus jogaria fora todas as coisas que impedem nossa obediência pessoal a ele. Se continuarmos a nos corromper com erros doutrinários ou com imoralidade pessoal, o templo de nosso corpo não estará adequado para que Jesus permaneça nele. Que faremos? "... purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus" (2 Coríntios 7:1). Precisamos pôr de lado "toda impureza e acúmulo de maldade" (Tiago 1:21).
Jesus jogaria fora todas as coisas que os homens acrescentaram, sem permissão, à sua igreja. Não era errado cambiar dinheiro ou vender animais, mas era errado fazer disso a função do templo. Algumas igrejas acrescentaram tantas coisas — até mesmo coisas que são boas em si — à obra da igreja que ela não é mais reconhecida como o organismo espiritual, o qual Jesus morreu para comprar (Atos 20:28). Jesus não morreu para estabelecer uma organização social ou de entretenimento. Ele morreu para salvar almas de pessoas perdidas. Amemo-lo o suficiente para manter o seu templo puro!