Portanto seres pensantes questionam e muito! Como os nossos irmãos de Beréia. Seria isso apavorante? Não, nem um pouco. Penso...logo existo! Para Descartes pensar é sinal de existência, no evangelho de hoje, quem pensa não consegue subsistir. "Penso, logo existo" (Descartes) "Não pense, faça o que eu digo" (Alto Clero Evangélico)

domingo, 23 de setembro de 2012

É correto dizer que estamos debaixo da Cobertura Espiritual de outra pessoa?





Nestes últimos dias, os quais a Palavra de Deus nos alertou que seriam muito difíceis e que um de seus sinais é de que os homens seriam “egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem,traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder” (2 Tm 3:2-5), estamos vendo uma tremenda proliferação, sem precedentes, de denominações, facções e “tribos” no meio evangélico, cada uma andando em sua “visão” ou direção, algumas até declarando que são os portadores da única “visão” válida de Deus para os últimos dias.

Neste cenário aterrador e cheio de enganos e falsas doutrinas, soergueu-se uma expressão no meio cristão que é chamada de Cobertura Espiritual, a qual quer dizer, em termos bastante simplórios, que uma determinada pessoa ou ministério deve andar debaixo da “Cobertura”, ou proteção, ou direção espiritual de outra pessoa ou ministério. Muitos dos grandes “líderes” e ministérios que surgiram nos últimos vinte anos, têm se utilizado deste conceito de “Cobertura Espiritual”, o qual, como veremos no presente artigo, está sendo mal utilizado e, pior, tem servido apenas para que uns poucos homens dominem sobre muitos, dirigindo a vida das pessoas de forma até mesmo abusiva e fora da Palavra.

A primeira Palavra que nos utilizaremos, para embasar a presente tese, será o texto de Isaías 30, verso 1, vejamos: “Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, que tomaram conselho, mas não de mim! E que se cobriram com uma cobertura, mas não do meu Espírito, para acrescentarem pecado a pecado!”

Vejamos o conceito que está explícito no texto de Isaías, Deus considera como rebeldes os filhos que buscam uma cobertura diferente daquela que Ele gostaria de dar, através de Seu Espírito, diz de pessoas que buscaram conselho não do Senhor, mas de simples homens. Por isso, a Bíblia diz que eles acrescentaram pecado sobre pecado, ou seja, erro sobre erro. Quando buscamos simplesmente o conselho de outros homens, sem buscar o conselho supremo de Deus, através do Espírito Santo, acontece que os erros que existem na vida daquele homem, passam a ser os erros que vão pesar sobre a nossa vida. Quer um exemplo disso? Imagine um pastor que busque “cobertura espiritual” de outro pastor que seja adepto de uma doutrina ou direção que não é de acordo com a Palavra, os erros da sua “Cobertura” vão ser reproduzidos com “integridade” em seu ministério e na direção que ele vai passar para os seus liderados. Isto, acontece como um efeito cascata, onde as pessoas da ponta não têm o direito de questionar a “direção” de seu líder, tendo em vista que o conceito dominante é de que qualquer pessoa que não execute sem questionar é considerado imediatamente como rebelde e insubmisso. Por isso, ao buscarmos uma cobertura que não seja a do Espírito Santo, estamos apenas acrescentando pecado sobre pecado, ou erro sobre erro.

Por causa deste engano de procurar a cobertura espiritual de homens imperfeitos e impuros, passamos a temer muito mais estes homens, do que a Deus e incidimos no que está escrito no verso 13, do capítulo 29 de Isaías: “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste {só} em mandamentos de homens, em {ou que aprendeu de cor;} que foi instruído;” Daí, acabamos andando apenas de acordo com os mandamentos humanos e, embora pareça que estamos honrando ao Senhor com nossos lábios, na verdade estamos honrando e servindo muito mais à criatura do que ao Criador que é bendito eternamente, motivo pelo qual Deus nos entrega a um sentimento perverso e às paixões infames (Rm 1:25-26). Talvez seja por isso que estes homens da cobertura espiritual estejam tão preocupados em receber com tanta voracidade os dízimos e as primícias de seus comandados, para construírem seus castelos e viverem regaladamente com o dinheiro que deveria ser ministrado às viúvas, aos órfãos e aos pequeninos do Senhor.

Vejamos agora um fato sobre a história de Moisés, quando o mesmo estava sobrecarregado ministerialmente, no livro de Números, capítulo 11, vemos Moisés reclamar para Deus no verso 14: “eu sozinho não posso levar a todo este povo, porque muito pesado {é} para mim.”. Ao que diz o Senhor a ele nos versos 16 e 17: “E disse o SENHOR a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, de quem sabes que são anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali se porão contigo. Então, eu descerei, e ali falarei contigo, e tirarei do Espírito que {está} sobre ti, e {o} porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu sozinho {o} não leves.” É muito importante verificarmos o que está acontecendo nestes versos, pois Deus não disse a Moisés que constituísse os setenta anciãos e lhes desse cobertura espiritual, pelo contrário, Deus disse que iria TIRAR uma parte do Espírito Santo que estava sobre Moisés e Ele mesmo (Deus) o colocaria sobre os setenta, por causa disto, eles seriam também constituídos como ministros no meio do povo, para dividirem a carga de Moisés. Na seqüência deste episódio, o verso 25, demonstra bem esta questão: “Então, o SENHOR desceu na nuvem e lhe falou; e, tirando do Espírito que {estava} sobre ele, {o} pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas, depois, nunca mais.”. Um fato interessante é o caso de dois homens haviam ficado no Arraial e que começaram a profetizar, ao ver isto, um moço do arraial foi dar notícia a Moisés, ao que Josué pediu para que este os proibisse de profetizar , vejamos a maravilhosa resposta dada a esta questão no verso 29: “Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito!”.

Um fato que devemos levar em consideração com relação a este episódio é de que naquele tempo o Espírito Santo ainda não havia sido derramado sobre toda a carne, como profetizado pelo profeta Joel, ainda era dado o Espírito sob medida, prova disso é o texto de João que fala a respeito de Jesus: “Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não lhe dá Deus o Espírito por medida.” (Jo 3:34) E, ainda, o texto do livro de Atos dos Apóstolos: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos; E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão;”

Tais textos bíblicos comprovam a uma, que o Espírito Santo seria derramado sobre toda carne, a duas, que todos (não só os cobertores espirituais) iram profetizar, ou seja, poder falar das coisas de Deus e compreender “O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos;” (Colossenses 1:26).

É possível que algum desses “apóstolos” ou “líderes” modernos poderiam argumentar em cima do texto de Números 12, versos 6 a 8, que Deus tinha um carinho especial com Moisés que falava com ele face a face, talvez algum desses líderes da “Cobertura Espiritual” tenham a pretensão de invocar este detalhe da história para dizerem que Deus fala com eles de modo especial e com seus “liderados” apenas em sonhos. Ora, para aqueles que têm tal pretensão de se acharem melhores do que os demais irmãos, basta lembrarmos aquele texto de Apocalipse segundo o qual todos aqueles que foram amados por Jesus e lavados por seu sangue, tiveram a honra de serem feitos “reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.” (1:6) E, ainda, a profecia que se cumpriu em Cristo, descrita no livro de Hebreus 10:16: “Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos; “.

Um outro exemplo do Antigo Testamento de que não devemos nos colocar debaixo da “cobertura espiritual” de um simples mortal é a história de Samuel. Quando este ainda era criança e estava debaixo da cobertura pastoral ou sob os cuidados do sacerdote Eli, ao qual Samuel servia no Templo, este ouviu a voz do Senhor no momento em que se preparava para dormir. O interessante é que Deus não falou com o “maioral” espiritual do Templo, falou com o pequenino Samuel, Eli apenas o orientou em como responder ao chamado de Deus e assim deveria ser a relação entre aqueles que estão na posição de pastores e seus liderados. O pior de tudo é que a Palavra de Deus revelada a Samuel era uma profecia contra a própria casa, ou autoridade, de Eli. Imaginem hoje em dia uma pequena ovelha chegando-se ao líder máximo de seu ministério dizendo que Deus lhe falou que sua casa está condenada. Se fosse um desses pastores modernos, com suas teorias sobre cobertura espiritual, com certeza ira querer dominar sobre a situação e iria dizer: “Isso não procede, Deus não falou comigo, você ainda é muito imaturo e não tem o discernimento que eu tenho para essas coisas.” Enfim, um desses grandes “líderes” da igreja moderna com certeza usaria de sua “autoridade” para calar a boca do pequeno profeta.

Talvez você esteja lendo este artigo e não esteja concordando com nada disso, mas peço que abra sua Bíblia no famoso Salmo 91, Deus me mostrou que este texto fala exatamente sobre cobertura espiritual quando afirma: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi do SENHOR: {Ele é} o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Porque ele te livrará do laço do passarinheiro {e} da peste perniciosa. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estarás seguro; a sua verdade é escudo e broquel.” Vejamos que a condição para sermos livres de todos os males descritos no mesmo Salmo é a de que estejamos não debaixo da “cobertura espiritual” de algum líder proeminente, nem que estejamos cobertos por pessoas especiais, mas que estejamos habitando dentro do esconderijo do Altíssimo e debaixo de sua sombra. Somente alguém que seja maior do que todo o universo é que pode cobrir nossas vidas, deixando-nos tranqüilos e protegidos. Alguém se lembra da expressão: sombra e água fresca? Fico maravilhado com o grand finale deste salmo: “Pois que tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome. Ele me invocará, e eu lhe responderei; {estarei} com ele na angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei. Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe mostrarei a minha salvação.”

Nós não precisamos conhecer e honrar o nome de pessoas comuns e tão pecadoras quanto nós mesmos, quanto precisamos aprender a conhecer e a glorificar o Nome que é sobre todo nome. Aliás, a nós ocidentais, falta este conceito tão sublime a respeito do Nome santo do Senhor. Um dos dez mandamentos é justamente que não devemos usar o Nome do Senhor em vão. Este nome em hebraico é IHVH (Jeová ou Javé). Aos judeus é mais fácil entender este conceito, pois eles são educados desde crianças a nem mesmo pronunciarem este nome, substituindo-o pelo termo Adonai, que significa Senhor. Algo como, na dúvida, não ultrapasse.

Diante de tais fatos e fundamentos, defendo veementemente que a expressão “cobertura espiritual” para definir o fato de uma pessoa estar debaixo da autoridade de outra pessoa que lhe seja mais proeminente, está absolutamente equivocada e tem produzido muitos males para o Corpo de Cristo. Talvez alguém defenda idéia diferente, dizendo que as pessoas devem estar debaixo da cobertura de outra pessoa bem sucedida ministerialmente, pois o “manto espiritual” que está sobre o líder, passaria automaticamente para o liderado. O grande problema disso é que também os erros e pecados do líder, acabam passando para o liderado, o qual apenas acumula pecado sobre pecado.

Deste modo, sugiro aos meus cooperadores que são líderes, pastores, bispos ou apóstolos que, ao invés de querer dominar sobre os outros, estabelecendo seu estilo e sua “visão” apostólica dos santos dos últimos dias, simplesmente passem a cuidar do pequeno rebanho do Senhor, pastoreando as ovelhinhas que andam por aí doentes, descaídas e sem ração. Mudemos esse termo “cobertura espiritual” para algo como “cobertura pastoral”, talvez ainda dê tempo de mudar toda essa loucura que entrou no coração dos homens que deveriam estar servindo na Casa do Senhor, ao invés de estarem viajando por todos os lados para estabelecerem suas bandeiras, doutrinas e denominações.

Quero encerrar este estudo lembrando as palavras do Apóstolo Paulo, em sua carta aos Coríntios: “Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloe que há contendas entre vós. Quero dizer, com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo?” (I Co 1:11-13). Infelizmente este conceito é sempre esquecido por estes que querem dominar e mandar na vida de “seus discípulos”, e sempre escutamos aqui e ali, um dizendo eu sou de Paulo, o outro, eu de Apolo, e outros dizendo eu sou presbiteriano tradicional, outro renovado, outro assembleiano, batista, videirano, metodista etc. (são tantas divisões...) Melhor do que meramente pertencer a uma denominação e estar debaixo do jugo dos homens é ter a firme convicção de que fazemos parte do Corpo de Cristo e estamos debaixo da cobertura que só o Espírito Santo pode verdadeiramente nos dar. Acreditem, Ele ainda está no controle de seu verdadeiro Corpo.

O PROBLEMA DO MERCADO GOSPEL


O assunto do mercado gospel (expressão criada com o advento da “aceitação condicionada” do cristianismo no meio secular) e como deve a pessoa que se diz cristã lidar com ele, tem implicações, no mínimo, ainda bastante confusas.
Se tomarmos a vivência cristã como a autêntica tentativa (mesmo que às vezes falha) de imitar o Cristo, chegaremos rapidamente a entraves éticos que, não sei por qual motivo, ainda não foram enfrentados pela maioria cristã que diz pensar a vida.
Considerando que a postura verdadeiramente cristã é, repito, imitar o Cristo, indago: até que ponto estar inserido no mercado gospel, por meio de qualquer que seja a manifestação artística, não será considerado uma autêntica venda do evangelho?
Sim, não fechemos os olhos. Em torno de um cd/dvd evangélico lançado existe toda aquela conjuntura mercadológica que conhecemos, entremeada de contratos, promessas, quantias vultuosas acordadas, bem como as respectivas quebras de contratos, dissabores, aborrecimentos e todos aqueles elementos capazes de travestir a religião de mero negócio. Sem olvidar, também, há aqueles que já estipulam determinado valor, nada abaixo daquele valor, para apresentarem o evangelho através do talento que sabem executar muito bem.
Assim, por um lado, numa análise supostamente correta frente à vida de Jesus, uma banda musical ou artista que cobrasse determinado valor, nada menos que aquele valor, para fazer uma apresentação, não estaria coadunado com a mensagem/vida de Jesus, porquanto descaradamente estaria tratando o evangelho como negócio, na finalidade tão combatida de se auferir renda por meio da religião. Não estaria sendo humilde o suficiente para aceitar a proposta de Jesus em não tornar a sua existência, nem sua vivência espiritual, algo dissociado da pessoalidade, porque, sabemos, negócio é negócio, não se trata de pessoas. Estaria vendendo aquilo que auferiu gratuitamente.
De outro lado, numa análise mais detida, não estaríamos sendo corretos ao negligenciar o fato tão corriqueiro de músicos que vivem apenas de sua arte e que, dessa forma, procuram dar o melhor para suas famílias, como nós, os que lemos este texto, também fazemos, mesmo que por outros meios. Eles têm contas a pagar, esposas, filhos, e todo o gasto financeiro que isso implica. Negar ou não concordar com pagamento em dinheiro a pessoas que vivem da música e com você contratam, é, no mínimo, desumano, e, por conseguinte, anti-cristão.
Desta forma, como se posicionar? Há um bom tempo tenciono aplainar minhas conclusões em raciocínios ponderados, que formem a ponte entre os pólos radicalmente postos num debate. Portanto, nesse ponto aqui discutido, apelo para a consciência, fator tão repetido nas palavras de Paulo ao escrever a segunda carta aos coríntios.
A consciência de cada um é que irá valer. Isso de maneira alguma é abrir as portas para qualquer posicionamento afastado de uma justificativa plausível. Entendo apenas que os julgamentos cegamente objetivos, que partem da observação externa, ao menos nesse assunto, podem estar eivadas de vícios. Músico que é músico merece ser respeitado como profissional que é, porém, deve também respeitar os ditames éticos de sua fé. Deve saber identificar bem e se autolimitar (algo difícil de se fazer) frente àquela linha tênue que separa a pura ganância do direito inviolável de ser pago para sustentar a si e sua família.
De mais a mais, combate-se os valores absurdos. Julgo ser essa questão plenamente contornável se o artista souber abdicar de querer mais e sempre mais. Deve contentar-se com o necessário.
Agora a pergunte exsurge: e o que é o “necessário”? Isso não pode variar para cada pessoa, acabando por tornar inócuo esse conselho? Evidente. Mas aí é hora de olharmos para Jesus e julgarmos se ele assim faria caso estivesse no seu lugar.
Por fim, uma triste verdade. Ninguém, absolutamente ninguém, escapa ileso caso algum dia se torne celebridade (conceito talhado pelo meio secular e tomado pelos cristãos, claro, com roupagem nova). As consequências virão. É necessário acuidade ao almejar a fama, porque junto dela virão, inarredavelmente, todos os elementos capazes de fazerem nascer os piores vícios de alma que o ser humano pode conceber.
Há um preço muito alto a ser pago quando se deseja ingressar no chamado mercado gospel. Há um sacrifício de alma absurdo em ser rico, reconhecido e admirado.
“Eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto as mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz…”
(Los Hermanos, O Vencedor)
***
Fonte: Icono Blog.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Se há céu, há inferno


Não há dúvida – muitas pessoas hoje em dia acreditam no céu. Com a mania atual de ser “cristãos que nasceram de novo” vem muita conversa e muitos hinos sobre esse lugar. No entanto, uma pessoa não pode acreditar verdadeiramente no céu sem aceitar algumas conseqüências. Uma crença sobre o céu precisa de tudo que acompanha o conceito. Exatamente quem são os que verdadeiramente acreditam no céu – como são e no que acreditam?

Aqueles que acreditam no céu são os que acreditam em Deus. Não duvidam da sua onipotência (Apocalipse 19:6), onisciência (Salmo 139:7-12) e natureza eterna (Êxodo 3:13-14). Esse Deus é justo e verdadeiro (Apocalipse 15:3) e, enquanto é bom e manso (Mateus 5:45), também é severo e deve ser temido (2 Coríntios 5:11; Hebreus 12:29).

Aqueles que acreditam no céu aprenderam o uso correto da fé e da razão. Aceitaram os assuntos sobre o céu pela fé. Eles podem não ter certeza, ou nem saber de nada, sobre muitas coisas a respeito mas perguntas não respondidas e perguntas que não tem respostas até mesmo na ciência demonstram que todos devem “andar pela fé” (2 Coríntios 5:7). O próprio conceito do céu é razoável para aqueles que acreditam. Seu Deus tem demonstrado no passado sua vontade de recompensar a fidelidade (Josué 21:43-45) e lhes dá a mesma esperança (Hebreus 4:1-13).

O verdadeiro povo de céu é “voltado para o céu”. Devido ao seu relacionamento com Cristo (Colossenses 3:1-3), eles mantêm sua visão naquela meta distante (2 Coríntios 4:16-18) e vivem como estrangeiros numa terra estranha (Hebreus 11:13-16) enquanto buscam “o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:14).

Com suas mentes nas “coisas lá do alto” essas pessoas que buscam ir para o céu vivem vidas piedosas. Elas sabem que falar e cantar sobre o céu é completamente diferente de viver de uma maneira digna de ir para lá. Elas vivem pela vontade de Deus (Mateus 7:21), e assim manifestam o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23) e as qualidades de cristãos (2 Pedro 1:5-7). Em contraste, evitam as obras da carne (Gálatas 5:19-21) e se abstêm de toda forma de mal (1 Tessalonicenses 5:22).

Aqueles que acreditam no céu também sabem que algum dia haverá uma ressurreição (João 11:24) quando Deus separará o justo do injusto (Mateus 25:31-33) e julgará os homens de acordo com suas obras (2 Coríntios 5: 10). Eles também sabem o que é que vem depois e como é terrível.

Aqueles que acreditam no céu acreditam verdadeiramente no inferno. Seu Deus preocupa-se com a situação difícil dos santos (Apocalipse 6:9-10). Eles sabem que pela misericórdia alguns verão o céu e por causa da justiça alguns conhecerão o inferno (Apocalipse 11:16-18; 16:4-7).

Acreditar em um (Mateus 25:34-40) é acreditar no outro (Mateus 25: 41-46), ter esperança num (Colossenses 1:5) é temer o outro (Mateus 10:28).

“...Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo...Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus.” (João 5:28-29; Romanos 11:22)

Profetas verdadeiros ou falsos?


Estamos ouvindo os verdadeiros profetas ou os Falsos?

“Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Vocês podem reconhecer o Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus; mas todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus. Esse é o espírito do anticristo, acerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já está no mundo. Filhinhos, vocês são de Deus e os venceram, porque aquele que está em vocês é maior do que aquele que está no mundo. Eles vêm do mundo. Por isso o que falam procede do mundo, e o mundo os ouve. Nós viemos de Deus, e todo aquele que conhece a Deus nos ouve; mas quem não vem de Deus não nos ouve. Dessa forma reconhecemos o Espírito da verdade e o espírito do erro.” (1 João 4:1-6)

1. Todos os tipos de pessoas afirmam ter uma "palavra" do Senhor.

A. João sabia que os falsos profetas estavam em movimento no início da igreja.
B. Antoinette Franks - A policial que assassinou uma família.
C. Há um grande perigo para os crentes ingênuos.
D. Deus nos chama a diligência em nossa busca de sua verdade.

2. A Palavra julga todas as outras palavras.

A. João escreveu que Jesus é o padrão da verdade.
B. A melhor maneira de mostrar que um pau é torto não é discutir sobre ele ou passar o tempo denunciando-o, mas, colocar um pau reto ao lado dele.
C. Reivindicações de um profeta sobre Jesus revelam o espírito por trás de suas palavras.
D. Podemos conhecer quem é Jesus!

3. Nós não estamos sozinhos na luta para discernir a verdade.

A. João assegurou a seus leitores que eles não precisam ter medo desta luta.
B. O mundo fez o seu melhor para destruir Jesus - até mesmo ao ponto de matá-lo. Mas ele se levantou vitorioso, e prometeu estar com seu povo para sempre.
C. O povo de Deus não vai enfrentar derrota final nas mãos do Inimigo.
D. O poder do Espírito de Deus está aqui para nos guiar na busca da verdade.

4. O espírito de um profeta pode ser revelado por seu apelo.

A. João deu um contraste final entre o falso e o verdadeiro profeta, com base em sua apelação.
B. Palavras que apelam para o espírito deste mundo devem ser rejeitadas como falso.
C. Quando passamos a pensar sobre isso, que é uma verdade óbvia. Como pode um homem cujo lema é a concorrência começar a entender uma ética cujo lema é o serviço? Como pode um homem cujo objetivo é a exaltação de si mesmo e que defende que o mais fraco deve ir para a parede, começar a entender um ensino cujo princípio para a vida é o amor? Como pode um homem que acredita que este é o único mundo e que, portanto, as coisas materiais são as únicas que interessam, começar a compreender a vida vivida à luz da eternidade, onde as coisas invisíveis são os maiores valores?
D. Ao ouvirmos a Palavra de Deus, podemos encontrar a verdade para guiar nossas vidas.

Conclusão:

O falso profeta rouba a Graça de Deus, aprisiona seus seguidores. Ele quer devorá-los, escravizá-los pelos sinais, propostas de curas e bem estar terreno. Note, jamais um falso profeta se valerá do Sermão do Monte (Mt 5) e ensinará aos seus fieis as bem aventuranças; jamais pregará Cristo crucificado; jamais pregará que temos algo melhor na glória celestial.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

CAIXINHA DE PROMESSAS: AS “VERDADES” SOLTAS QUE GERAM INVERDADES ETERNAS



Vocês logo entenderão a razão dessa contraindicação que venho fazer a vocês desta vez. Trata-se da ‘caixinha de (heresias) promessas’.
Algo inusitado me aconteceu essas semanas na minha casa. E foi algo que aumentou ainda o meu repúdio por tal método de utilização da palavra do Senhor.
Encontrei na minha casa um caixinha de promessas que ganhamos não me lembro de quem nem quando. E brincando com a minha irmã sobre a credibilidade das ‘promessas’ isoladas da mesma, e tirando os versículos que ‘serviriam’ pro meu ego ser massageado tive uma triste surpresa.Nela encontrei o seguinte versículo:
“Diz em seu coração: Não serei abalado, porque nunca me verei na adversidade.” (Salmo 9:27)
Na mesma hora eu travei. E fui correr na bíblia pra ver o que isso aí queria dizer. Pois sei que o coração é enganoso e os seus caminhos não são bons em si. Logo, percebi que o capítulo 9 de Salmos só vai até o versículo 20 (susto).
Esse foi o primeiro impacto que tive diante de tal heresia.
Então fui pesquisar na internet pra ver se esse versículo estava em outro lugar na bíblia. E ENCONTREI. Trata-se a referência “Salmo 10:6″.
Porém o segundo e maior impacto. O contexto em que o versículo se encontrava. Percebam: “Por que estás ao longe, SENHOR? Por que te escondes nos tempos de angústia? Os ímpios na sua arrogância perseguem furiosamente o pobre; sejam apanhados nas ciladas que maquinaram. Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma; bendiz ao avarento, e renuncia ao SENHOR. Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que não há Deus.
Os seus caminhos atormentam sempre; os teus juízos estão longe da vista dele, em grande altura, e despreza aos seus inimigos. Diz em seu coração: Não serei abalado, porque nunca me verei na adversidade.”
Salmos 10:1-6
O contexto bíblico quebra totalmente a ideia que a caixinha de heresia nos passa. O versículo isolado poderia enredar infinitas pregações neo pentecostais, fumaças, vitória carnal, massagem de ego e engrandecimento humano.
Dessa mesma forma, o contexto bíblico derruba as heresias de hoje. Daqueles que declaram algumas coisas fora de nexo e que inflam e estufam o seu peito dos soberbos. Do mesmo jeito que satanás tentou Jesus. Usando a própria palavra de Deus para tentar iludir. E foi replicado pelo uso correto da Palavra.
Por esta grave razão, eu indico que os irmãos destruam, incinerem, enterrem, sumam com alguma coisa do tipo (risos).
Busquemos o conhecimento na palavra!
Suspeitemos daquilo que parece nos engrandecer!
Joguemos no lixo todo aquele tipo de ensinamento que esteja fora do contexto da palavra do nosso Deus!
Texto de Walisson Alves (Lalu)