Portanto seres pensantes questionam e muito! Como os nossos irmãos de Beréia. Seria isso apavorante? Não, nem um pouco. Penso...logo existo! Para Descartes pensar é sinal de existência, no evangelho de hoje, quem pensa não consegue subsistir. "Penso, logo existo" (Descartes) "Não pense, faça o que eu digo" (Alto Clero Evangélico)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

JESUS TE AMA! E OS CRISTÃOS?



Por Samuel Torralbo
É muito comum encontrarmos pessoas afirmando que, são afeiçoadas pela pessoa e obra de Jesus Cristo, mas que, sentem aversão e pavor em relação aos seus seguidores, ou aquilo que conhecem como igreja.
Quero afirmar que, creio integralmente na verdade bíblica que revela a igreja de Cristo como um organismo extraordinário, amoroso, unificado, e relevante na expressão da sua missão de glorificar a Deus através de Cristo Jesus.
Porém, a igreja é formada por homens e mulheres dotados de relatividades e imperfeições, que invariavelmente no curso da história glorificaram a Deus através de sua fé e praticidade de vida, mas que, de contrapartida, infelizmente alguns “cristãos” deixaram impressões equivocadas e estarrecedoras na mente de inúmeras pessoas que ainda não pertencem à família de Deus.
De modo que, é interessante para o seguidor de Jesus se colocar no lugar de uma pessoa que ainda não pertença a igreja. Por exemplo – O que será que acontece no coração de uma pessoa quando se depara com a seuinte frase em um outdoor: JESUS TE AMA! Será que sua mente volta-se para o significado da cruz e o sacrifício de Jesus, ou inevitavelmente associa esta frase ao último escândalo religioso de algum líder eclesiástico, ou alguma atitude insana de um vizinho codenominado “cristão”?
Infelizmente, durante muito tempo ouvi inúmeras declarações absurdas de cristãos alienados das escrituras e da própria história que na intenção de justificarem as suas idiossincrasias e farisaísmos declaram: “Assim como Jesus não agradou, é normal a igreja não agradar”. Isto é um grande ENGODO!
Primeiro porque, estar com Jesus sempre foi algo extraordinário, tanto que as multidões buscavam de alguma forma estar perto de Jesus – “E seguiram-no grandes multidões..”(Mt. 19.2). Segundo porque, a história da Igreja relata a impressão que a sociedade tinha dos primeiros cristãos: “Os cristãos cumprem todos os seus deveres de cidadãos e suportam todas as suas obrigações. Os cristãos não diferem dos demais homens pela terra, pela língua, ou pelos costumes. Não habitam cidades próprias, não se distinguem por idiomas estranhos, não levam vida extraordinária.
Qualquer terra estranha é pátria para eles; qualquer pátria, terra estranha. Tem a mesa em comum, não o leito. Vivendo na carne, não vivem segundo a carne. Os judeus hostilizam-nos como alienígenas; os gregos os perseguem, mas nenhum de seus inimigos pode dizer a causa de seu ódio”. (Trecho da carta a Diogneto). Ainda em relação a vida dos primeiros cristãos em sociedade, observe o que Atos 2.47, relata: “Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo.
E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. Ou seja, o motivo das perseguições e ódio em relação a Jesus e seus discípulos na maioria das vezes sempre estiveram relacionados aos interesses narcisistas da classe política e sacerdotal que por medo de perderem os seus cargos perseguiam qualquer movimento que interpretassem como oposição.
De modo que, conviver com um cristão deveria sempre ser uma experiência agradável, única, libertadora, e que aprofundasse no outro, os significados e percepções em relação vida e a eternidade com Deus.
Podemos ser perseguidos e injustiçados por causa da nossa fé, convicção, pregação e vida piedosa, mas nunca, por práticas desafeiçoadas, que infelizmente se manifestam em alguns pseudocrístãos, o que inevitavelmente faz inúmeros incrédulos pensar que cristianismo é – 1) Preconceito religioso, 2) Legalismo, 3) Confraria de pessoas alienadas e exclusivistas, 4) Comprimento de costumes e regras, 5) Ajuntamento de pessoas sem nenhuma beleza ou bom gosto existencial, etc.
Diante disto, no mínimo cada discípulo deveria se perguntar – qual é a associação que uma pessoa faz diante de uma declaração do amor divino, com relação aos seguidores de Jesus? O que as pessoas pensam sobre os cristãos contemporâneos? Qual é a impressão que estamos deixando nas pessoas através do nosso culto e maneira de viver?
Estou persuadido de que, em síntese a funcionalidade real do evangelho parte do seguinte pressuposto: antes de declararmos: JESUS TE AMA, cada cristão precisa prioritariamente AMAR, para que se cumpra a oração de Jesus pelos seus discípulos: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”. (João 17.21)

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